Pecados Capitais
oooPecado – transgressão de preceito religioso, erro, falta, culpa, vício, maldade, crueldade...
oooOs pecados, caracterizam-se por “faltas graves” humanas, que a Igreja, na Idade Média, classificou e utilizou nos ensinamentos do cristianismo, objetivando 'educar' e 'proteger' os seguidores cristãos, para que pudessem compreender e controlar seus impulsos.
oooA classificação dos pecados dividiu-se em dois tipos – os pecados perdoáveis e os pecados não perdoáveis. Aos perdoáveis não há a necessidade do sacramento da confissão, já aos não-perdoáveis cabe a condenação.
oooAos pecados condenados são conferidas inúmeras interpretações. Atribui-se ao monge grego Evagrius Ponticus ou Euagrios Pontikos, que viveu de 345 a 399, a elaboração da primeira lista, relacionando oito “faltas” – “doenças espirituais” ou “males do corpo”. O teólogo tomou conhecimento destas faltas, ou doenças, pelo contato com monges no deserto egípcio. Classificou-as em ordem crescente de valor ou gravidade: gula, luxúria, avareza, melancolia, ira, acedia (preguiça espiritual), vaidade e orgulho.
oooO primeiro a usar o termo “pecado capital” foi o Papa Gregório I (590-604), no final do século VI, reduzindo a sete as transgressões. Baseado nas doutrinas do monge grego, ele fez a fusão de 'vaidade' e 'orgulho'; 'acedia' passou a 'melancolia'; acrescentou, por fim, a 'inveja'. E também criou a sua lista, em ordem decrescente de ofensas: orgulho, inveja, ira, melancolia, avareza, gula e luxúria.
oooUma lista mais atualizada é atribuída a São Tomás de Aquino (1227-1274). Em sua doutrina, o filósofo e teólogo medieval reflete sobre as experiências acumuladas do homem no transcorrer de séculos de existência. O fazer filosofar de Tomás de Aquino foi especialmente dirigido à experiência e ao fenômeno. Entretanto, seu estudo dos pecados não-perdoáveis é rígido e concreto. Sua lista é então assim composta: vaidade, avareza, inveja, ira, luxúria, gula e acídia.
oooHoje, a Igreja Católica os classifica por: soberba, avareza, inveja, ira, luxúria, gula, preguiça.
• Soberba (do Latim soperbia) – arrogância; orgulho; presunção.
• Avareza (avaritia) – apego excessivo ao dinheiro; mesquinhez; sovinice.
• Inveja (invidia) – ciúme; cobiça, desejo de possuir aquilo que os outros possuem; misto de pena e de raiva; sentimento de desgosto pela prosperidade ou alegria de outrem.
• Ira (ira) – cólera; desejo de vingança; indignação; raiva; zanga.
• Luxúria (luxuria) – exuberância; lascívia; libertinagem; sensualidade.
• Gula (gula) – avidez, gulodice; excesso na comida e bebida.
• Preguiça (pigritia) – aversão ao trabalho; indolência; negligência; tendência viciosa para não trabalhar.
oooO pensamento medieval foi dominado pela idéia do pecado e pela fragilidade humana, numa clara concepção pessimista. Neste período e baseado nessas idéias é que o artista holandês Hyeronimus Bosch (Jeroen Anthoniszoon van Aken) (1450-1516) retratou em suas pinturas cenas de 'pecado' e 'tentação'. O recurso adotado foi pelo simbolismo de figuras complexas – originais ou imaginárias. Bosch registrou em sua obra “Mesa dos pecados capitais” ou “Os sete pecados mortais” – o homem pecador e a dificuldade da salvação.
oooVisite uma galeria... Visite um museu.
Mauro Carreiro Nolasco
DEZEMBRO 2006
oooOs pecados, caracterizam-se por “faltas graves” humanas, que a Igreja, na Idade Média, classificou e utilizou nos ensinamentos do cristianismo, objetivando 'educar' e 'proteger' os seguidores cristãos, para que pudessem compreender e controlar seus impulsos.
oooA classificação dos pecados dividiu-se em dois tipos – os pecados perdoáveis e os pecados não perdoáveis. Aos perdoáveis não há a necessidade do sacramento da confissão, já aos não-perdoáveis cabe a condenação.
oooAos pecados condenados são conferidas inúmeras interpretações. Atribui-se ao monge grego Evagrius Ponticus ou Euagrios Pontikos, que viveu de 345 a 399, a elaboração da primeira lista, relacionando oito “faltas” – “doenças espirituais” ou “males do corpo”. O teólogo tomou conhecimento destas faltas, ou doenças, pelo contato com monges no deserto egípcio. Classificou-as em ordem crescente de valor ou gravidade: gula, luxúria, avareza, melancolia, ira, acedia (preguiça espiritual), vaidade e orgulho.
oooO primeiro a usar o termo “pecado capital” foi o Papa Gregório I (590-604), no final do século VI, reduzindo a sete as transgressões. Baseado nas doutrinas do monge grego, ele fez a fusão de 'vaidade' e 'orgulho'; 'acedia' passou a 'melancolia'; acrescentou, por fim, a 'inveja'. E também criou a sua lista, em ordem decrescente de ofensas: orgulho, inveja, ira, melancolia, avareza, gula e luxúria.
oooUma lista mais atualizada é atribuída a São Tomás de Aquino (1227-1274). Em sua doutrina, o filósofo e teólogo medieval reflete sobre as experiências acumuladas do homem no transcorrer de séculos de existência. O fazer filosofar de Tomás de Aquino foi especialmente dirigido à experiência e ao fenômeno. Entretanto, seu estudo dos pecados não-perdoáveis é rígido e concreto. Sua lista é então assim composta: vaidade, avareza, inveja, ira, luxúria, gula e acídia.
oooHoje, a Igreja Católica os classifica por: soberba, avareza, inveja, ira, luxúria, gula, preguiça.
• Soberba (do Latim soperbia) – arrogância; orgulho; presunção.
• Avareza (avaritia) – apego excessivo ao dinheiro; mesquinhez; sovinice.
• Inveja (invidia) – ciúme; cobiça, desejo de possuir aquilo que os outros possuem; misto de pena e de raiva; sentimento de desgosto pela prosperidade ou alegria de outrem.
• Ira (ira) – cólera; desejo de vingança; indignação; raiva; zanga.
• Luxúria (luxuria) – exuberância; lascívia; libertinagem; sensualidade.
• Gula (gula) – avidez, gulodice; excesso na comida e bebida.
• Preguiça (pigritia) – aversão ao trabalho; indolência; negligência; tendência viciosa para não trabalhar.
oooO pensamento medieval foi dominado pela idéia do pecado e pela fragilidade humana, numa clara concepção pessimista. Neste período e baseado nessas idéias é que o artista holandês Hyeronimus Bosch (Jeroen Anthoniszoon van Aken) (1450-1516) retratou em suas pinturas cenas de 'pecado' e 'tentação'. O recurso adotado foi pelo simbolismo de figuras complexas – originais ou imaginárias. Bosch registrou em sua obra “Mesa dos pecados capitais” ou “Os sete pecados mortais” – o homem pecador e a dificuldade da salvação.
A única maneira de se livrar de uma tentação é ceder.
Oscar Wilde
oooVisite uma galeria... Visite um museu.
Mauro Carreiro Nolasco
DEZEMBRO 2006
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